É sabido que o excesso de peso provoca um aumento do risco de doenças (doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de cancro) e uma redução da esperança de vida.

O peso é o dado antropométrico mais comum. No entanto, será o mais adequado para avaliar o real estado de saúde?

Afinal como se calcula e o que é o peso ideal?

O peso corporal é a soma de diferentes tecidos: tecido adiposo, tecido muscular, massa óssea, órgãos e fluídos intra e extracelulares. Logo aqui, podemos entender que o peso ideal nem sempre representa uma elevada massa gorda. Podemos estar pesados e não estar “gordos”.

O peso acaba por nos induzir facilmente em erro.

Num processo de perda de peso este ganha mais relevância. Quando pretendemos tonificar então, não deve ser de todo o nosso indicador preferencial de resultados.

Como deve ser feita a pesagem?

Deve pesar-se sempre nas mesmas condições. O peso mais correto é após acorda, em jejum, depois de urinar e sem roupa.

É importante utilizar uma balança calibrada. Esta não pode ser mais um fator a induzir-nos em erro.

Índice de massa corporal

Como forma de avaliar o peso, existe o conhecido Índice de massa corporal (IMC).

O IMC é um indicador comummente usado para o diagnóstico do baixo peso, excesso de peso e da obesidade.

Pode ser facilmente calculado a partir de dois dados: peso e altura. A fórmula é simples: IMC = peso (kg) ÷ altura² (m)

Os resultados do IMC são interpretados da seguinte forma:

• Baixo peso muito grave: abaixo de 16 kg/m²
• Baixo peso grave: 16 a 16,99 kg/m²
• Baixo peso: 17 a 18,49 kg/m²
• Peso normal: 18,50 a 24,99 kg/m²
• Sobrepeso: 25 a 29,99 kg/m²
• Obesidade grau I: entre 30 a 34,99 kg/m²
• Obesidade grau II: 35 a 39,99 kg/m²
• Obesidade grau III (obesidade mórbida): acima de 40 kg/m²

*Os valores de IMC são estimados para a população adulta, entre 20 e 65 anos. 

No entanto, ao olhar para esta tabela, facilmente percebemos que podemos ser induzidos em erro.

Sabendo nós que a massa muscular pesa mais do que a massa gorda, então:

Alguém com elevada massa magra (muscular) e com uma boa densidade óssea, pode apresentar mais peso, do que alguém com pouca massa muscular e muita massa gorda.

Ou seja, nem sempre o mais leve é o mais magro.

Emagrecer é perder massa gorda e este indicador o IMC não contempla.

UM PESO IDEAL É UM PESO SAUDÁVEL!

Todos concordamos que o peso saudável deve ser individualizado para cada pessoa, de acordo com o sexo, idade, altura, biótipo e existência ou não de doenças associadas.

Seguindo essa lógica, vejamos o seguinte:

uma mulher de 1,65m de altura, qualquer peso entre a faixa de 51kg e 66kg faria com que ela se enquadrasse dentro do conceito de IMC normal. Ou seja, qualquer um desses pesos nos diz que apresenta um peso normal para a altura.

Certamente que os 66 kg podem não ser confortáveis e não satisfazer a auto estima em alguns casos destes. Como também, os 60 podem não ser um objetivo atingível para muitas.

Assim, vale a pensa repensar na definição de peso ideal.

O peso ideal é um peso saudável! É o peso que contempla todos os parâmetros de saúde. É um peso que estabelece o equilíbrio entre mente e corpo.

Simplificando:

O peso ideal é um peso que representa uma massa gorda dentro do normal, reduzindo assim o risco de desenvolver problemas de saúde associados à obesidade. É, além disso, um peso que eleva a auto estima, que faz com que a pessoa se sinta confortável.

É, por isso, importante que se considere todos estes fatores numa avaliação. Não olhemos apenas ao peso.

O FITGYM contempla várias ferramentas de avaliação antropométrica para auxiliar na avaliação real da evolução dos nossos clientes.

EMAGRECER É PERDER MASSA GORDA!

Assim, se nem sempre a balança me dá informação real do que está a acontecer no meu corpo, tenho de recorrer a outros meios.

As medidas de perímetros, as fotografias, a impedância bio-elétrica, são parâmetros que permitem uma avaliação bem mais realista e correta do seu processo de emagrecimento.